Olá, sei que muita gente ainda busca atualizações no procurandobob e agradeço muito a atenção recebida. Porém resolvi mantê-lo somente como um canal de comunicação e de postagem de temas interessantes enquanto estive na Europa. Estou com um novo projeto com alguns amigos que também retornaram de Barcelona e espero em breve comunicá-los do que trata exatamente. Fiquem a vontade para navegar no conteúdo desta fase 2008/2009 e para me contactar no majonck@hotmail.com. Caso tenha novidades elas certamente estarão postadas ak. saudações de bob.
Uma exposição que vi em Londres em julho e que ficou até uns dias atrás (18 de outubro), no Victoria&Albert Museum chamava especial atenção. A Telling Tales tentava retratar um pouco como a nossa tradição de contar histórias e recriar mundos através da imaginação tem se feito presente novamente na vida cotidiana através de novas peças de design.
É o design que quer fazer refletir sobre a nossa realidade e trazer peças que construam um outro universo, que façam pensar, experimentar e sonhar. Se buscamos tanto nossas origens nos tempos atuais, estes objetos conseguem transpor qualquer barreira de tempo e espaço, evocando nossos sentidos, sonhos e desejos.
“Against all the evidence of an industrialised, globalised, high-tech world (or perhaps because of it) some contemporary designers are retreating to the pastoral setting of fairy tales, myths and nature. In so doing they return us to our most primitive state. No doubt their designs are escapist, even naïve, and can be quite deliberately childlike. Their faux-rustic objects look as though they belong in a forest glade straight from classical mythology or northern European fairy tales, or perhaps even the biblical Garden of Eden. But these designers are deadly serious about wanting to disengage us from ordinary life and reconnect us to a state of innocence and wonder.”
A exposição foi motanda com diferenets cenários de forma bastante envolvente, com o objetivo de potencializar as experiência evocadas pelos objetos. Eles recriaram 3 ambientes para expor estas peças, que também podem ser vistas virtuamente no site.
Forest Glade, evocando a natureza e temática do campo como inspiradores deste mundo da imaginação relacionado ao contar histórias.
'Fig Leaf' wardrobe Tord Boontje, Holanda
'Linen-Cupboard-House' ('Linnenkasthuis') Jurgen Bey, Holanda
'Petit Jardin' chair Tord Boontje, Holanda
The Enchanted Castle, que trata do exagero de objetos cotidianos que ganham nova leitura e paródias em designs que satirizam o tema status.
'Do You Hear What I Hear?', Kelly McCallum, Canadá
Depois de apreciar esta exposição fica bastante patente o apelo provocativo e artístico destas propostas. Para explicar melhor sobre a exposição, os objetos de destaque e de que une a temática e inquietações destes designers, deixei aqui o link do vídeo:
A natureza como cenário e força criativa aparece de muitas formas, oferecendo ao homem o ambiente perfeito de retorno à casa e estado de espírito, onde a liberdade, a experimentação e o instinto de sobrevivência dão o contraste ao nosso mundo controlado e fabricado.
Em janeiro falávamos aqui um escritório nórdico de design, o Front Design, que tinham peças também bastante interessantes, tratando de recriar objetos cotidianos dando-lhes nova vida e contexto, como as tree lamps.
Já mais para o consumo de massa, a Custo Barcelona trabalhou toda sua coleção passada e ambientaçao de loja em cima do tema écologico´, mas trazendo o aspecto mais experimetnal de contato com a natureza e seus instintos mais fortes, criando um ambiente e histórias bastante fantasiosas.
A Ikea no começo do ano também criou uma seleção de peças inspiradas na natureza e tradições suecas.
Sobre a temática da designer hella jongerius (que teve sua criação como parte do programa Unicef-Ikea, produzido por trabalhadroas indianas), ela diz ao designboom:
why a goat, a fox and a rabbit? “they refer in an abstract way to animals featured in swedish fairy tales. animals have already been featured in much of my earlier work; they trigger first and foremost the imagination.
an animal has the power to be familiar; expressing moods comparable to the moods of human beings, and at the same time an animal remains puzzling.“
Eles criaram alguns vídeos em parceria com a empresa Kokokaka, onde os designers explicavam suas inspirações.
Enquanto o blog ficou descansando, muita coisa rolou por aí e cá estamos de volta ao Brasil. Continuar escrevendo o blog ainda é uma questão em aberto. Mas enquanto isso volto a postar coisas interessantes que vejo por aí.
E hoje queria deixar registrado no blog o projeto de Paris que deve tomar as ruas em breve. É o Autolib, um sistema de locação de veículos elétricos que fucionará como o já exitoso sistema de aluguel de bicicletas, o Velib. Similar também ao sitema de carsharing, mas com uma estrutura muito maior e a incorporação da nova tecnologia de carros elétricos, em favor do meio ambiente.
O Velib é considerado um dos pioneiros dos sistemas alternativos de transporte e vem sendo “copiado” em muitas cidades, como Barcelona e Sevilha. Ele funciona através de uma assinatura que se paga anualmente ou mensalmente, combinado com a tarifação por hora dos períodos utiliziados. Há pontos de aluguel de bicicletas espalhados por toda a cidade onde podem ser retiradas e devolvidas 24 horas por dia.
Para o sitema de veículos a prefeitura de Paris quer disponibilizar até finais de 2010, 4.000 unidades, espalhados em 1200 pontos na cidade e grande metrópole.
Serpentine Galleryé uma das mais famosas galerias de arte contemporânea de Londres. Fica no charmoso Hyde Park. Cada verão eles fazem uma instalação arquitetônica no seu jardim e convidam um arquiteto famoso para o projeto. Já passaram por ali obras de Frank Gehry em 2008 (citado aqui em Efeito Guggenheim), Olafur Eliasson e Kjetil Thorsen em 2007 que ainda contou com instalaçao de Zaha Hadid(citado em Expo Cairo City) ,Rem Koolhas e Cecil Balmond em 2006 (Rem citado aqui em Casa da Música) e Niemeyer em 2003. Sempre estruturas temporárias que são praticamente uma obra de arte e que recebem animadas e exclusivas festas nas noites de verão. Neste ano inaugura as Park Nights, eventos de música realizados às sextas pela noite no pavilhão temporário destinado ao público em geral.
Neste ano o projeto ficou a cargo dos arquitetos japoneses Kasuyo Sejima e Ryue Nishizawa (entrevista para o designboom em 2005). Uma estrutura orgânica e harmônica para dar um chega pra lá na instabilidade do clima londrino.
A exposição temporária que também merece bastante destaque é uma do americano Jeff Koons, Popeye Series. Ele trabalha a partir de objetos conhecidos e até banais, neste caso bóias infláveis e o personagem Popeye, para abrir uma crítica e a reflexão sobre a cultura de massa, o mercado das artes e o próprio cotidiano.
A primeira impressão que se tem ao adentrar a exposição é que se trata de uma brincadeira e não uma obra de arte. Quando se começa a observar e refletir sobre as intenções do artista e as técnicas utillizadas, sai dali com a certeza de ter visto algo novo e rompedor, mas com uma pitada de sarcasmo, tanto pela abordagem e pelo kitsch como também pela própria repercussão do artista na mídia.
Outra sensação que dá ao visitar a exposição é a vontade de tocar nas obras de arte. É quase um instinto infantil daqueles de movimento natural que não dá para segurar. Daí dá para entender porque tantos seguranças…Mas todas as bóias são sólidas por dentro, feitas a base de moldes e alumínio. O objetivo é parecer natural, assim como as pinturas que ele faz que nos dão a sensação de fotografia, mas na verdade são pinturas feitas a óleo.
Sobre este tipo de material escolhido para a série criativa ele diz “I feel internally dense while externally, outside my body, it is very airy. I like the inflatable because it’s exactly the opposite“.
Ele também é conhecido pelos objetos feitos com “balões infláveis” reproduzidos em grandes formatos da série Celebration
e o cãozinho Puppy, uma instalação gigante de flores no formato de um cachorro no Guggenheim em Bilbao.
Puppy, no Guggenheim de Bilbao. Foto de Denis Doyle for The New York Times
Aqui uma entrevista para Bloomberg onde ele fala um pouco de seu trabalho e da relação com as altas cifras alcançadas com suas obras, como uma escultura da série Celebration vendida por 26 milhões de dólares.
Fotos do Pavilhão da Serpentine de Iris Jonck e Arnaldo Comin. Imagens de Jeff Konns do site: http://www.jeffkoons.com.
Tanie Brand é uma agência de brand design de Londres localizada na Grand Eastern Street, East End. Cansada com toda a opressão mental gerada pela crise, decidiu tomar uma atitude para provocar uma reação nas pessoas. Para saber sobre a atitude neste link.
100º post é sempre motivo de comemoração, mas neste é o 101º. As estatísticas contam 9 meses de vida, mais de 5.000 acessos e muita diversão. E pra não ficar só no blá blá, achei que era uma data legal para contar da exposição que vi em Londres junto com minha prima Karin Kemper, no The fashion and Textile Museum, sobre a evolução da lingerie.
A exposição conta um pouco das décadas ao longo do século 20 até hoje e seus principais acontecimentos que foram cuminando na evolução da lingerie que se deu até os dias atuais. Destaca os conceitos que prevaleceram em cada fase da história e que definiram os modelos e cortes de acordo com as necessidades de controle, definição, conforto, contorno e realce do corpo. A valorização de determinadas partes do corpo, moda e estilo de cortes de roupa provocaram mudanças na estrutura da lingerie.
Para contar um pouquinho da história que vi na exposição junto com outras fontes consultadas, aqui vai um pouquinho da evolução da lingerie.
Anos 1900: O foco da silhueta feminina sai um pouco das ancas postiças e dirige-se mais para a cintura, aliviando a pressão do abdómen dos corpetes, considerado mais saudável pelos médicos, o que salientava um contorno do corpo em S. O corpete da década foi desenhado pela designer francesa Madame Gaches-Sarraute.
As Seen in Vogue: A Century of American Fashion in Advertising
1910: Um dos destaques é o primeiro sutiã patenteado por Mary Phelps Jacob, uma socialite escritora de 19 anos de Nova York em 1910, criando uma nova opção de sustentação e liberdade de movimentos em relação ao corpete. A entrada de mulheres em frentes de trabalho da guerra torna esta movimentação do corpo ainda mais relevante.
Década 20: depois da liberação do corpete não há mais volta. A mulher dos anos 20 circula sem os preceitos e as amarras que oprimiam seu corpo, criando uma modelagem mais livre e saias mais curtas. Além da liberdade de comportamento reinvincada por esta mulher.
Flappers nos anos 20: usavam saias mais curtas e comportamentos liberais, como o hábito de fumar, frequentar clubes de jazz, além de maior liberdade sexual
A marca La Perla lançou uma versão Black Label super charmosa inspirada nos anos 20.
Anos 30: Aparece a influência de Holywood, representada por Lana Turner e a revalorização dos bustos.
No início dos anos 40, pós segunda guerra, uma racionalização é imposta levando a uma simplificação na fabricação e reutilização de roupas antigas de família.
Cartilha do Ministério de Informação inglês instruindo como reaproveitar roupas e aumentar sua durabilidade
Linha de roupas mais simplificadas e com inspiração nos uniformes militares
Mas no final da década contrariando toda esta onda simplista, Dior lança o “New Look” retomando a feminilidade dos looks, trazendo de volta a valorização das curvas que definiu o estilo que reinaria nos anos 50.
New look de Dior
“Nós saímos de uma época de guerra, de uniformes, de mulheres-soldados, de ombros quadrados e estruturas de boxeador. Eu desenho femmes-fleurs, d eombros doces, bustos suaves, cinturas marcadas e saias que explodem em volumes e camadas. Quero construir meus vestidos, moldá-los sobre as curvas do corpo. A própria mulher definirá o controno e o estilo.”
Christian Dior
Os modelos de sutiã apresentavam um realce no busto com resultados mais arredondos. Desda época é o Merry Widow, criado a partir da ópera que virou filme. Sobre ele Lana Turner, que estreou o filme baseado na ópera de mesmo nome e que nesta época se transformou na “Sweater Girl” disse o seguinte: “The Merry Widow was designed by a man. A woman would never do that to another woman“
Fotografias de pin-ups na revista estadunidense Yank, the Army Weekly. fonte: wikipedia
A Lycra é criada em 1959 pela Du Pont.
Em finais do anos 60 um movimento se fortalece a favor dos gestos livres do corpo, unido à luta pela liberação de tudo que oprime a mulher.
1964 Rudi Gernreich desenha o 'no bra bra'
Em 1968 tivemos a grande queima de sutiãs em praça pública simbolizando toda a luta feminista.
São desta época algumas marcas ícones que marcaram estilo e que influenciam até hoje:
The Original Wonderbra
O Playtex “Cross Your Heart”
E o Triumph’s “Doreen”, que reinou nos anos 70.
Nos anos 70 uma silueta mais natural é celebrada, mostrando a sensualidade dos contronos naturais. O primeiro sutiã para esportes é desta década, chamado de Jogbra.
Yves Saint Laurent lança a polêmica blusa transparente.
Em 80Madonna disponta com seus corpetes desenhados por Jean Paul Gaultier.
Nos anos 90 e 2000, os implantes de silicone possibilitam a muitas mulheres alcançarem o sonho de modificarem seus peitos. Grandes seios voltam à moda, mas hoje em dia já vivemos uma era de bastante liberdade com muitas opções e modelos para escolher incluindo o up.
A sexualidade dos corpetes é sempre reivindicada e há muitas marcas que tem preparado recriações vintages para celebrar os célebres modelos de lingerie que contam a nossa história.
Os produtos lowcost estão se proliferando no mercado lançando junto com eles a dúvida de como construir uma marca dentro da filosofia de preço, respeitando e criando laços com o consumidor. Ainda quero fazer esta reflexão aqui, mas enquanto isso, falemos um pouco das líderes deste movimento, as companhias aéreas.
Passando este ano em ponte aérea Madri – Barcelona e tentando fazer vários roteiros para aproveitar este tempo na Europa, vivi de perto o drama lowcost do consumidor.
Primeiro em primeira pessoa. A Vueling, empresa lowcost que tentou criar uma ponte com o consumidor com uma imagem descolada, funcionários atenciosos e plano de milhagem, foi com certeza minha pior decepção. Depois de uns 20 trechos voados com a empresa pelo menos, tudo que tenho para contar são histórias tristes: cancelamento de um vôo sem avisar, junto com uma resposta de que me enviaram inclusive um torpedo avisando ao telefone do meu marido (o que nunca aconteceu) e que me fizeram um favor em alocando em outro vôo no dia seguinte sem nenhuma assistência. Mais uma promoção do meu programa de milhagens em que o preço das taxas que eu teria que pagar era o mesmo que comprar uma passagem livre, uma não devulação de vôo não ocorrido por conta da neve, prevista no regulamento do setor, e uma propaganda enganosa em que eu teria descontos para mim e acompanhantes na próxima viagem, que só valiam para mim.
As última cenas antes de vir para Londres me pareceram ainda mais sérias. Num vôo entre Madri e Alicante da Ryanair, eu e Arnaldo tivemos que carimbar o bilhete de check in para conferir nosso visto antes de viajar dentro da própria Espanha, sendo que tinhamos em mãos nossa identidade de residência de estudos. Outro passageiro, europeu, que também tinha residência foi impedido de viajar dentro da própria Espanha por não estar com passaporte em mãos. E só para completar o desespero assisti a negação do vôo de uma menina estrangeita pela empresa EasyJet, que já tinha sido autoriza pela polícia federal local para viagem porque seu documento estava com data vencida, porque a Easyjet não reconhecia o documento da Estrangeria Espanhola autorizando o trânsito.
Eu poderia dizer que são histórias de lowcost, e histórias que se passam na Espanha, mas parece que esta aceitação de queda da qualidade de atendimento invade outras empresas e não vejo nehnhum órgão de defesa do cosumidor atuando.
Nos EUA, a empresa United Airlines, num verdadeiro desprezo pela bagagem dos passageiros quebrou a guitarra de uma banda. E não foi só isso, enrolou o passageiro um bom tempo sem reparar o dano. A banda não deixou por menos e respondeu com as ferramentas que tinha: música e internet.
Depois da repercussão da história a empresa ofereceu ressarcimentos.Veja a história:
Este é o futuro do atendimento que teremos daqui para frente com as companhias aéreas? O lowcost tem viabilidade dentro de padrões de respeito e atendimento ao consumidor? Em breve…
Passeando por Hoxton outro dia encontramos uma loja de camisetas bem legal, weadmire.netE apesar deasta onda de mil camisetas criativas, achei esta loja bem interessante. Sobretudo porque o dono, um simpático inglês, é uma apaixonado por histórias e faz questão que as estampas sejam de gente ou coisas admiráveis e que possam contar histórias por si mesmas.
Histórias como estas:
Steve Irwin simply known as “The Crocodile Hunter”, was an iconic Australian television personality, wildlife expert, and conservationist. I remember seeing him on TV and comptletely cracking up with laughter, astonishment and disbelief at some of the crazy things he used to do! Like dangling his baby son above a crocodile! Unfortunately he died in 2006 after his chest was fatally pierced by a stingray barb whilst filming in Australia’s Great Barrier Reef.
O site também coloca neste caso um vídeo sobre o personagem para quem quiser saber mais do Steve Irwin.
About the Image: Text on t-shirt – Do what thy manhood bids thee do, from none but self expect applause; He noblest lives and noblest dies who makes and keeps his self-made laws.
Sir Richard Francis Burton
What did the Victorians ever do for us? Sir Richard Francis Burton (19 March 1821 – 20 October 1890). English explorer, translator, writer, soldier, orientalist, ethnologist, linguist, poet, hypnotist, fencer and diplomat.
Cut from old cloth, Sir Richard Francis Burton flew in the face of Victorian moral values, translating both ‘The book of One Thousand Nights and a Night’, more commonly known as The Arabian Nights. He also translated the Kama Sutra.
With more than 25 languages under his belt, his best known achievements include traveling to Mecca in disguise and the first European to discover Lake Tanganyika, one of the great lakes of Africa that includes Lake Victoria, the source of the Nile. The scar on his cheek was from a spear through the face, when his camp was attacked by Somali tribesman in 1854. He then went on to serve in the Crimea.
No site, eles convidam às pessoas a dizerem quem admiram e porque. Who you admire?
Iris Jönck, 30 anos, é publicitária e consultora de marketing e comunicação. Passou 1 ano na Espanha (2008/2009) para um curso de Coolhunting, na Universitad Ramon Llull - Facultad de Blanquerna em Barcelona, incluindo imersões em Paris, Berlim, Madri, Veneza e Londres